quinta-feira, 29 de maio de 2014

São Paulo: antiga terra da garoa, atual terra da seca

Sempre gostei da minha cidade. Procuro viver ao máximo tudo que a cidade oferece. 
Mesmo depois de conhecer outras várias cidades pelo mundo, ainda assim continuei gostando de São Paulo.

A variedade de lugares, a mistura de pessoas, as diversas oportunidades.. tudo sempre me fascinou! 

Nos últimos 20 anos, a cidade dobrou o número de habitantes. As coisas foram ficando mais complicadas. O transporte público não acompanhou o crescimento, as ruas não se adaptaram, nem o número de empregos não acompanhou. Ainda assim, eu continuei defendendo a cidade que nasci, enfatizando o lado positivo dessa Babilônia.

Toda essa população aliada a falta do desenvolvimento de vários setores, gerou um fenômeno muito conhecido pelo mundo: criminalidade.
Uma grande fatia de culpa também vai para a corrupção, que coíbe a educação e diminui a oportunidade de empregos com sobrecarga de tributos aos pequenos comerciantes. Fome, raiva, drogas.. induz a violência.

Ficou bem difícil morar aqui. O comércio 24h começou a deixar de existir, por falta de segurança. As pessoas tem mais medo de ficar pelas ruas até tarde. Alguns bairros tem um verdadeiro toque de recolher quando anoitece.

Ainda assim, continuei procurando me adaptar, evitando horários e locais de risco.

Mas esse ano algo mudou. Algo inesperado para a população, porém previsto pelo sistema de planejamento da cidade: a represa secou!

Sim, a maior cidade do país, a cidade que sempre teve de tudo, começa gradativamente não ter mais nada. Nem água!

Pago minha conta de água há anos pela chamada "tarifa mínima", tarifa essa que a Sabesp cobra dizendo ser o valor mínimo para que o serviço seja garantido.

Pois bem, sempre paguei pelos 10 m³ exigidos, mesmo gastando de 6 - 8 m³ / mês.

Essa diferença recebida pelo não consumo, pelo visto não foi bem empregada. Há décadas que não é feito nenhuma ampliação na represa, ou uma nova represa. Nenhum programa de incentivo para instalação de cisternas pela cidade, reaproveitamento de água, nada! Todas as ações que existem, foram frutos de iniciativa popular.

Esse ano foi a primeira vez que me ofereceram desconto na conta, caso eu economizasse. Maravilha, venho economizando há anos, e agora me deram desconto de R$ 10,00.

Continuo sem água a noite para tomar banho, e lavar a louça. Uso aquecimento a gás, com água da rua na passagem. Tive que comprar um chuveiro elétrico, pagar pela instalação e modificação de um banheiro, para que possa tomar banho a noite. Essa conta a Sabesp deveria se oferecer pra pagar. E não oferece nada pelos dias que fiquei sem água a noite, até que tive que me virar.
Ainda sou obrigada a ouvir a empresa pronunciar que não está fazendo racionamento.

Já não sinto mais orgulho de morar aqui.


segunda-feira, 26 de maio de 2014

Livros Vintages

Há algum tempo me despertou a vontade de ler livros mais clássicos e antigos. 

Gostei muito, e me inspirou. Uma linguagem mais pura, mais original. 

Recentemente assisti um vídeo de Prof. Pierluigi Piazzi , sobre Dicas Para Estudar Com Eficiência, e nela ele comenta sobre o livro que foi escrito para nós. Existem milhares de livros no mundo, e um deles foi escrito pra você. 

Descubra seu livro. Descobri que gosto da literatura do século XIX,  e de leitores que se inspiraram neles. Como costumo dizer sempre, nem tudo é pra todos. O fato de você não ter apreciado um livro, não significa que ele é ruim. Significa que não foi feito pra você.

Gostei muito de ler Frankenstein: ou o Prometeu Moderno, de Mary Shelley.
Mais interessante ainda é a história da autora. Apenas uma menina quando escreveu o livro, aos 19 anos, em 1818. Mary já era casada, seu marido era um poeta, Percy Shelley, e seu pai um filósofo, William Godwin.  Ela se inspirou nas montanhas Suiças para ser cenário do seu livro, lugar onde fora viver depois de casada.
O livro marca o início de uma nova modalidade na literatura, o terror. Apesar de aterrorizante, o livro possui uma doçura ingênua, que só mesmo uma menina cheia de sonhos poderia expressar. Seu personagem é bárbaro e cruel. Mas ao mesmo tempo pode ser comparada a uma criança desamparada, que procura amor, carinho e aceitação. E se revolta quando não consegue o que quer.


 


Descubra o seu livro. O seu estilo de leitura. E boa imaginação!


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